Você sabe para que serve a Vitamina D?
Compreende todos os seus inúmeros benefícios para a saúde?
Se chegou até aqui, provavelmente ouviu falar de algumas das vantagens pelas quais a Vitamina D se faz tão popular.
Neste artigo, você terá conhecimento das 10 principais funções da Vitamina D para a saúde.
Siga a leitura e saiba mais.
Vitamina D: para que serve e como ela age em sua saúde
O Hormônio D apresenta funções regulatórias vitais, sendo responsável pela ativação de mais de 3500 genes, bem como pelo desempenho de mais de 80 funções de restauro e reparo no organismo humano.
Dessa maneira, devemos compreender que o Hormônio D tem um papel essencial para o pleno funcionamento da fisiologia de um indivíduo e a sua falta pode representar uma lista extensa de sintomas.
Abaixo, você compreenderá os benefícios da Vitamina D:
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Sistema Imunológico
Uma das principais ações da Vitamina D no organismo se relaciona diretamente com o sistema imunológico.
O calcitriol, forma bioativa do Hormônio D, é responsável pelo controle de respostas e pela tolerância do sistema imunológico, bem como pela produção de antibióticos naturais, as chamadas catelicidinas.
Pesquisas demonstram que o Hormônio D é crucial para ativar nossas defesas imunológicas e que, sem a ingestão suficiente do pró-hormônio, as células T não conseguem lutar contra infecções graves ao organismo.
Para que as células T detectem e eliminem patógenos estranhos, as células devem primeiro ser “acionadas” para tal conduta. Assim elas “transformam-se” de células imunes inativas para células preparadas ao combate e destruição de todos os vestígios do patógeno em questão.
Nos últimos anos, os pesquisadores descobriram que as células T dependem do Hormônio D para serem ativadas. Caso contrário, permaneceriam inofensivas à possibilidade de ameaça se o pró-hormônio estivesse em falta no sangue.
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Metabolismo de glicose
Outra função importante do Hormônio D no organismo é o controle da produção pancreática de insulina.
O Hormônio D não é apenas um regulador do metabolismo ósseo e mineral, mas também um potente imunomodulador relacionado a diferentes doenças humanas, incluindo distúrbios na homeostase da glicose.
Dessa forma, sua deficiência está relacionada à resistência insulínica uma vez que esse hormônio esteróide atua diretamente nas células β – pancreáticas, facilitando a secreção de insulina.
Em resumo, estudos demonstram que o Hormônio D melhora a sensibilidade à insulina e/ou a secreção dela, protegendo o indivíduo de desordens como o diabetes mellitus e a síndrome metabólica, doenças que possuem alta prevalência na população mundial.
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Desenvolvimento neuronal
O Hormônio D apresenta um papel vital no primeiro trimestre da gravidez. Durante a gestação, o suprimento de vitamina D da mãe é passado ao bebê no útero e ajuda a regular os processos, incluindo o desenvolvimento do cérebro.
Um estudo recente publicado pelo The Journal of Nutrition demonstrou que níveis mais altos de Hormônio D entre as mães durante a gravidez pode promover um melhor desenvolvimento do cérebro e um maior QI na infância (4 e 6 anos de idade).
Neste mesmo estudo, os pesquisadores verificaram que a deficiência de vitamina D é comum entre a população em geral e também entre mulheres grávidas, com destaque para as mulheres negras.
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Proteção do endotélio
Quando o receptor do Hormônio D é ativado (VDR) nas células endoteliais, ocorre a promoção da expressão de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF).
Como explica a literatura científica, esse fator angiogênico age sobre os receptores de VEGF, alterando várias atividades celulares, como proliferação e sobrevivência das células e a permeabilidade vascular.
A sinalização do VEGF, por sua vez, também está envolvida em diversas doenças cardiovasculares, mediando processos como cardiomiopatias hipertróficas e formação de placas ateroscleróticas.
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Saúde emocional
Cada vez mais pesquisas mostram que a Vitamina D está diretamente relacionada com a saúde psicológica dos indivíduos. Como exemplo, podemos citar um estudo que afirma que a suplementação de Hormônio D para aliviar os sintomas da depressão ganham notoriedade e passam a evidenciar a ação, extraordinariamente eficiente, deste hormônio esteroide sobre uma das doenças mais avassaladoras do século.
Marissa Flaherty, do Departamento de Psiquiatria da University of Maryland School of Medicine, em Baltimore (EUA), afirma que “as pessoas que tinham deficiência de vitamina D e depressão parecem responder melhor à suplementação e, além disso, houveram evidências de que suplementar a Vitamina D melhora também os sintomas depressivos em pessoas com um nível normal de vitamina D”.
Já um estudo publicado no Journal of Post-Acute and Long-Term Care Medicine mostrou que a falta de Hormônio D pode aumentar em até 75% o risco de depressão em pessoas mais velhas.
Os 3.965 participantes com mais de 50 anos foram acompanhados durante quatro anos e, ao final do período, os pesquisadores perceberam que 400 indivíduos haviam desenvolvido depressão. Para aqueles com deficiência de Hormônio D, o risco foi 5% maior.
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Controle da pressão arterial
Entre os diferentes benefícios da Vitamina D está o combate à pressão arterial.
Uma meta-análise publicada na revista European Journal of Epidemiology (2013) observou uma redução de 12% do risco de hipertensão após o aumento de 10 ng/mL de vitamina D no sangue.
Além disso, uma pesquisa concluiu que a dose adequada de Hormônio D pode reduzir significativamente a pressão arterial de indivíduos hipertensos com deficiência do pró-hormônio. Neste estudo, o autor acompanhou 126 pacientes hipertensos com deficiência de vitamina D durante 6 meses e observou a redução da pressão arterial.
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Prevenção da obesidade
Um estudo publicado no European Journal of Nutrition relata que a deficiência de Hormônio D pode aumentar as chances de um indivíduo tornar-se obeso ao longo dos anos.
Os pesquisadores analisaram 1.226 pessoas, as quais foram acompanhadas ao longo dos 12 anos seguintes, com três avaliações abrangendo o total do período. Avaliações iniciais ocorreram entre 1996 e 1998, a segunda avaliação ocorreu entre 2002 e 2004 e a avaliação final ocorreu entre 2005 e 2007.
Foi verificado que aqueles indivíduos com baixos níveis de Hormônio D na segunda avaliação foram muito mais propensos a se tornarem obesos na avaliação final, em comparação com aqueles com níveis mais altos do hormônio esteróide.
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Controle de doenças autoimunes
Como já citado em nossos artigos, é clinicamente comprovado que os pacientes acometidos pelas doenças autoimunes, em sua maioria, apresentam baixos níveis de Hormônio D.
A deficiência desse hormônio faz que a pessoa, principalmente quando já existe uma tendência para a doença autoimune, fique mais vulnerável ao desenvolvimento do quadro.
A vitamina D em seus níveis normais auxilia o sistema imunológico a selecionar corretamente as células que precisam ser atacadas. Como uma doença autoimune é caracterizada pela defesa do organismo atacando as próprias células devido a uma confusão, este é um considerável avanço para a ciência.
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Prevenção do câncer
Como abordado anteriormente, o Hormônio D atua no processo de diferenciação celular, podendo prevenir o surgimento de células cancerosas.
O estudo do Instituto Dana-Farber, nos Estados Unidos, demonstrou que a suplementação do Hormônio D é capaz de retardar a progressão do câncer colorretal em pacientes com metástases.
Os pesquisadores destacam que, além de a substância ter retardado a progressão da doença, o grupo que recebeu a suplementação apresentou redução significativa de episódios de diarreia, um efeito colateral dos medicamentos antitumorais, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes em tratamento oncológico.
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Fortalecimento dos músculos
Um estudo publicado por pesquisadores do Reino Unido demonstrou que o Hormônio D pode ser correlacionado com diversos parâmetros, desde o desempenho de diversas funções musculares como força, potência, velocidade e altura do salto até a composição corporal.
Dessa forma, o hormônio esteróide participa do processo de formação dos músculos, relacionando-se também com maior agilidade e força muscular.
Como usufruir dos benefícios da Vitamina D
Para obter bons níveis de Vitamina D e usufruir dos benefícios listados acima, é indispensável que façamos a exposição de nosso corpo à luz solar. No entanto, como explicado em artigos anteriores, existem algumas variáveis que interferem para que obtenhamos níveis ótimos de Hormônio D.
- O sol precisa incidir da forma mais perpendicular possível sobre a pele, o que só é viável no horário entre às 11h e às 14h.
- Para que possamos usufruir de bons níveis de Vitamina D, é essencial que ao menos 80% do nosso corpo seja exposto diariamente à luz do sol.
- Temos também outra questão relacionada à obtenção de Hormônio D a partir da luz do sol: a latitude. Quanto mais ao norte ou ao sul for um país, menor a incidência perpendicular dos raios. Consequentemente, as pessoas vão necessitar de mais tempo de exposição ao sol para produzir a quantidade necessária de Vitamina D.
- Outro ponto se dá em relação às estações do ano. Países com latitudes mais elevadas apresentam estações do ano bem definidas. Assim, o outono e o inverno trazem poucos dias ensolarados, prejudicando a produção de Hormônio D.
- A idade cronológica pode influenciar na obtenção desse hormônio esteróide, visto que a pele envelhecida – cronologicamente falando – apresenta mais dificuldade para a quebra do 7-Dehidrocolesterol.
- Por fim, a tonalidade da pele também favorece ou prejudica a obtenção do Hormônio D. Quanto mais escura for a cor da pele, maior será a necessidade de exposição ao sol.
Possui dúvidas relacionadas às funções e benefícios da Vitamina D? Deixe o seu comentário abaixo!
Uma resposta
Meu convênio não faz com bom agrado exame de Vitamina D.
Em qual momento posso solicitar esse exame e qual especialidade médica devo procurar. O pedido anterior que não foi realizado foi solicitado pela reumatologista.
Hoje estou convalescendo de uma cirurgia que extraiu o meu rim direito que alojava um tumor na pelve.
Até onde vitamina D pode me ajudar , agora em adiante. Sou negra e tenho 66 anos.