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Artigos

Eixo intestino–cérebro: como funciona na prática

12 / dez / 2025
Italo Rachid Longevidade Saudável
Dr. Ítalo Rachid (Cremesp 114612), mais de 30 anos dedicados à Medicina Integrativa, com foco na prevenção e qualidade de vida.
Ítalo Rachid
Ítalo Rachid
Dr. Ítalo Rachid (Cremesp 114612), mais de 30 anos dedicados à Medicina Integrativa, com foco na prevenção e qualidade de vida.
Ítalo Rachid
Ítalo Rachid

O eixo intestino–cérebro é um sistema dinâmico e bidirecional que integra digestão, emoção, imunidade, microbiota e hormônios. Na prática clínica contemporânea, compreender esse eixo significa entender que o intestino não é apenas um órgão de absorção, mas um centro neuroimunoendócrino que dialoga continuamente com o cérebro. Essa comunicação afeta humor, sono, comportamento alimentar, memória, resposta ao estresse e até padrões de ansiedade. A seguir, detalhamos cada uma das vias envolvidas com profundidade e rigor científico.

  1. A comunicação neural: o nervo vago como “linha direta” entre emoção e digestão

Como funciona no corpo

O nervo vago é a principal via de comunicação neural entre o intestino e o cérebro. Ele surge no tronco cerebral, conecta-se ao trato gastrointestinal e envia sinais sensoriais que modulam a atividade autonômica.

Cerca de 80 por cento das fibras vagais são aferentes, ou seja, elas levam mais informação do intestino para o cérebro do que o contrário. Isso explica por que alterações digestivas podem induzir mudanças emocionais rápidas.

Na prática clínica

  • distensão abdominal pode gerar sensação de alerta
  • disbiose pode amplificar resposta de medo
  • inflamação intestinal pode aumentar hiper-vigilância
  • digestão lenta pode reduzir foco e clareza cognitiva

Evidência científica:
Breit S et al. Vagus Nerve as Modulator of Gut–Brain Axis.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6469456/

Leia também:
• Intestino e cérebro: compreenda essa relação
• Disbiose intestinal, hiperpermeabilidade e inflamação sistêmica: entenda a relação

  1. A comunicação química: neurotransmissores produzidos no intestino

O trato gastrointestinal funciona como uma “fábrica neuroquímica”. As células enteroendócrinas e determinadas bactérias produzem ou modulam neurotransmissores como serotonina, dopamina, GABA e melatonina.

Serotonina

Cerca de 90 por cento da serotonina periférica é sintetizada no intestino. Embora a barreira hematoencefálica impeça sua passagem integral, há sinalização indireta que modula humor e ansiedade.

GABA

Algunas cepas bacterianas produzem GABA, neurotransmissor inibitório fundamental para controle da ansiedade.

Melatonina

O intestino produz mais melatonina que a própria glândula pineal. A microbiota modula essa produção, influenciando sono e ritmo circadiano.

Evidência científica:
Gershon MD. The Enteric Nervous System.
https://doi.org/10.1056/NEJMra1411815

  1. A comunicação endócrina: o intestino e o eixo do estresse (HPA)

O eixo hipotálamo–hipófise–adrenal regula a liberação de cortisol. A microbiota influencia diretamente essa via por meio de:

  • modulação de receptores de cortisol
  • sinalização do nervo vago
  • produção de ácidos graxos de cadeia curta
  • inflamação sistêmica

Na prática

Disbiose aumenta a reatividade ao estresse:

  • mais cortisol pela manhã
  • ansiedade matinal
  • dificuldade de desligar à noite
  • sensação de “alerta constante”

Evidência científica:
Sudo N et al. The Microbiome and the Stress Response.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4240243/

  1. A comunicação imunológica: inflamação e citocinas que impactam o cérebro

Um dos mecanismos mais potentes do eixo intestino–cérebro é a neuroinflamação. Quando a barreira intestinal perde integridade, moléculas como LPS entram na corrente sanguínea e ativam resposta inflamatória.

Citocinas como IL-6, IL-1β e TNF-alfa influenciam diretamente regiões cerebrais envolvidas em:

  • humor
  • memória
  • estresse
  • motivação
  • ciclo sono–vigília

Altos níveis de citocinas estão associados a quadros de ansiedade, depressão leve e fadiga mental.

Evidência científica:
Kelly JR et al. Intestinal Permeability and Stress-Related Psychiatric Disorders.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28724780/

  1. Metabólitos microbianos: SCFAs, triptofano, indóis e neuromodulação

A microbiota produz moléculas bioativas que modulam diretamente o sistema nervoso.

Ácidos graxos de cadeia curta (SCFAs)

  • reduzem inflamação
  • fortalecem a barreira intestinal
  • estimulam neurogênese
  • melhoram metabolismo energético cerebral

Metabólitos do triptofano

O triptofano pode seguir vias inflamatórias ou calmantes, dependendo da microbiota. Uma microbiota equilibrada desvia o triptofano para produção de serotonina e indóis benéficos.

Indóis

Atuam em receptores do eixo imuno–neuro–endócrino e influenciam humor.

Evidência científica:
Dalile B et al. Short Chain Fatty Acids and the Brain–Gut Axis.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6760574/

  1. O estroboloma: como hormônios femininos entram na equação

O estroboloma desempenha papel decisivo na modulação emocional feminina por metabolizar estrogênio.

Alterações nesse sistema influenciam:

  • sensibilidade à serotonina
  • ansiedade na perimenopausa
  • irritabilidade pré-menstrual
  • resposta ao estresse
  • sono

Quando o estroboloma está disfuncional, mesmo exames hormonais “normais” podem coexistir com sintomas emocionais acentuados.

Evidência científica:
Plottel CS, Blaser MJ. Microbiome and Estrogen Metabolism.
https://doi.org/10.1016/j.tem.2011.01.005

Leia também: Perimenopausa: primeiros sinais e como identificar

  1. Ritmo circadiano, microbiota e comportamento emocional

A microbiota tem um ritmo próprio de atividade — ela também funciona com ciclos circadianos.

Na prática

Quando há desregulação de sono:

  • bactérias benéficas diminuem
  • inflamação aumenta
  • cortisol desregula
  • humor oscila
  • surge ansiedade matinal

Evidência científica:
Voigt RM et al. Circadian Rhythm and the Gut Microbiome.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4420742/

  1. A conversa de duas mãos: quando o cérebro afetado impacta o intestino

O eixo intestino–cérebro não é apenas intestino → cérebro.
Ele também funciona ao contrário.

Estresse crônico reduz:

  • motilidade intestinal
  • fluxo sanguíneo intestinal
  • diversidade microbiana
  • integridade da barreira

Além disso, cortisol elevado altera produção de muco intestinal, facilitando inflamação e disbiose.

Esse ciclo cria um “loop emocional” difícil de quebrar sem intervenção.

  1. Como saber se o seu eixo intestino–cérebro está alterado (na prática clínica)

Sinais comuns:

  • ansiedade sem gatilho claro
  • irritabilidade associada a distensão abdominal
  • piora emocional após determinados alimentos
  • dificuldade de dormir ou despertar precoce
  • episódios de urgência intestinal ligados a estresse
  • alteração do ritmo intestinal em períodos de pressão
  • fome emocional pós-estresse
  • fadiga mental após refeições pesadas

Quando buscar acompanhamento

O ideal é avaliação médica quando há sintomas emocionais persistentes associados a quadros digestivos recorrentes. Para módulos alimentares, a orientação deve ser conduzida por nutricionista capacitado.

Nota legal

Este conteúdo é informativo e não substitui avaliação individualizada. Em caso de sintomas digestivos, emocionais ou hormonais, procure profissionais de saúde habilitados.

Para acompanhar mais conteúdos sobre saúde, ciência e medicina personalizada, siga o Instagram @longevidadesaudavel

Dr. Ítalo Rachid – CREMEC 4435 | RQE 5474 | CREMESP 114612

Médico ginecologista de formação, com quase quatro décadas dedicadas às Ciências da Longevidade Humana, é fundador do Grupo Longevidade Saudável e pioneiro na introdução da Medicina Integrativa no Brasil. Ao longo de sua trajetória, já impactou e formou quase 20 mil médicos, difundindo um modelo de prática clínica inovador, focado na manutenção da saúde, na prevenção e na qualidade de vida. Sua atuação une ética, ciência e visão transformadora, consolidando um legado que ultrapassa gerações.

Dr. Ítalo Rachid - Cremesp 114612

Médico ginecologista de formação, com quase quatro décadas dedicadas às Ciências da Longevidade Humana, é o fundador da Longevidade Saudável, introdutor da Medicina Funcional Integrativa no Brasil e já formou mais de 13 mil médicos nesse modelo de medicina focado na manutenção, promoção da saúde e melhora da qualidade de vida.

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