O que é colágeno tipo 2?

O colágeno possui mais de 27 tipos, porém, você sabe o que é colágeno tipo 2? 

Cada tipo de colágeno tem uma função específica e características próprias, sendo cada um importante para o bom funcionamento do organismo à sua maneira. 

Segundo a literatura científica, o colágeno é essencial por contribuir para a elasticidade e resistência da pele, para a saúde das unhas e cabelos e é responsável por constituir as fibras que sustentam os tecidos do corpo como ossos, músculos, tendões e articulações.

Continue a leitura e entenda o que é o colágeno tipo 2.

Afinal, o que é colágeno tipo 2? 

Segundo a literatura científica, ao todo são por volta de 27 tipos de colágeno, que podem variar de estrutura dependendo de sua formação química e função.

Alguns tipos de colágeno, caso por exemplo dos I, II, III, V e XI, são formadores fibrila de colágeno, por isso suas características principais são a formação de fibras para sustentação dos ossos.

Não é possível diferenciar o colágeno II do tipo I pela sua estrutura: ambos podem ser encontrados onde resistem as maiores pressões, tais como na cartilagem hialina e elástica, nos olhos e nos discos intervertebrais.

O colágeno tipo 2 é a estrutura da proteína intacta, desnaturada, onde contém substâncias que atuam no sistema imune.

Ainda é muito confundido com o colágeno hidrolisado que é “desnaturado” e possui baixo peso molecular e é utilizado para melhorar as condições que atuam na sustentação da pele. Por sofrer a desnaturação é menos absorvido pelo organismo.

Nesse sentido, dentre as principais diferenças entre eles, destacam-se o peso e estrutura molecular e a dosagem usual. 

O colágeno tipo 2, entretanto, é originado a partir de um processo diferente do tipo 1.

Ele é fabricado a partir de um processo não enzimático, em temperaturas mais baixas de forma a não hidrolisar a molécula, isso garante a integridade da proteína, ao contrário do que acontece no colágeno tipo 1.

Sua síntese ocorre no condrócitos — ou seja, nas células presentes no tecido cartilaginoso — e não produz feixes. 

Para entender a melhor a diferença entre o colágeno tipo 1 e 2, acesse aqui.

Para que ele serve? 

É comum encontrar a recomendação de colágeno tipo 2 para diversos casos e tratamentos. 

Este tipo de colágeno é indicado para o tratamento de patologias, como:

• Doenças articulares auto imunes (osteoartrite autoimune);
• Inflamação de articulações;
• Lesão em cartilagens;
• Artrite reumatoide.

Nestas doenças, o próprio organismo reconhece o colágeno que está nas articulações como uma proteína estranha e produz enzimas que destroem a cartilagem, e como consequência, surgem os sintomas destas doenças. 

Num trabalho publicado em 2009, os autores pesquisaram a segurança e a eficácia do colágeno tipo 2 não desnaturado para o tratamento da osteoartrite no joelho, que contou com 52 voluntários e teve duração de 90 dias.

Os voluntários foram divididos em dois grupos, orientados de maneiras diferentes. Um grupo consumiu cápsulas de colágeno tipo 2 e o foi orientado a consumir cápsulas com moléculas de glucosamina e condroitina.

No entanto, o grupo suplementado com colágeno tipo 2 apresentou valores mais positivos com relação aos marcadores “dor após levantar” e “distância máxima percorrida” quando comparados ao segundo grupo.

Por fim, os pesquisadores concluíram que a suplementação de colágeno tipo 2 melhorou a realização das atividades diárias e a qualidade de vida.

Uma das maneiras de ajudar o corpo a repor o colágeno perdido nas cartilagens e aliviar os sintomas, é usando o colágeno tipo 2, que evita a destruição das cartilagens pelo sistema imune e reduz a inflamação em casos de osteoartrite e reumatismo, melhorando a saúde das articulações. 

Considerando as descobertas apresentadas neste artigo, não é possível negar os benefícios do colágeno, independente de seu tipo, para a saúde geral de um indivíduo e para o bom funcionamento do corpo. 

Portanto, torna-se indispensável o cuidado com os níveis dessa proteína no nosso organismo, assim prevenindo patologias diversas e mantendo um alto padrão de qualidade de vida. 

Lembrando sempre sobre a importância de consultar um médico com conhecimento na área para orientar sobre dosagem e necessidade de reposição da proteína.