Os sintomas mais conhecidos da menopausa estão associados às ondas de calor, fogachos e mudanças de humor em mulheres. Mas e o homem, tem menopausa?
A resposta é sim e não.
Os homens não têm menopausa, pois tal declínio é típico da fisiologia feminina.
Entretanto, o público masculino pode apresentar alterações hormonais e outros sintomas do Declínio Androgênico Masculino, os quais afetam a sua qualidade de vida e exigem o olhar atento de um médico com conhecimento em hormonologia.
Conforme a National Library of Medicine, o envelhecimento masculino possui como principal acompanhante o declínio progressivo da produção de testosterona sérica.
Em geral, a partir dos 30 anos, todos os indivíduos apresentam quedas hormonais.
Por volta dos 40 anos de idade, o homem pode experienciar o declínio da testosterona em taxas que giram em torno de 1% ao ano.
Mesmo sendo uma variável individual, cerca de 20% dos homens acima de 60 anos apresentam níveis séricos abaixo do ideal.
Nesse sentido, é possível afirmar que o homem sofre com declínios hormonais, assim como às mulheres, no entanto, eles se diferem em diversos aspectos.
Entenda mais sobre o assunto ao longo deste artigo.
Homem tem menopausa?
Como citamos na introdução deste artigo, o homem pode apresentar, ao longo de sua vida, o Declínio Androgênico Masculino, que se difere da Menopausa.
De acordo com artigos anteriores publicados em nosso site, a menopausa feminina possui sintomas e consequências mais visíveis e conhecidos quando comparada ao fenômeno masculino.
Entre eles estão, os fogachos, ondas de calor, mudanças de humor, ganho de peso, perda de massa muscular, sudorese noturna, problemas cognitivos, infertilidade e outros.
Além disso, a interrupção do ciclo menstrual é um grande indicador do período de menopausa, o que pode facilitar a procura por solucionar problemas relacionados à qualidade de vida.
Enquanto isso, a “menopausa” masculina, melhor caracterizada como andropausa ou Declínio Androgênico Masculino, não possui um marcador clínico que indique o declínio dos níveis de testosterona no corpo do homem.
Nesse sentido, torna-se ainda mais importante o acesso às informações relacionadas às consequências causadas pelo declínio da testosterona no público masculino.
Um dos principais sinais da falta desse hormônio pode ser percebido através do aumento da gordura visceral, uma consequência normalmente estabelecida quando os índices hormonais já estão em declínio ou bastante desregulados.
Por conta disso, adotar condutas em prol do conhecimento e restauro dos níveis hormonais masculinos é a chave para uma longevidade saudável.
Inclui-se nessa conduta o acompanhamento médico para a observação das taxas hormonais e adoção de condutas para a possível reposição hormonal.
Homem tem menopausa? Entenda o que é o Declínio Androgênico Masculino
Como pudemos perceber até aqui, o Declínio Androgênico Masculino causa efeitos drásticos na saúde, vitalidade e qualidade de vida do homem.
Isso porque todos os padrões biológicos na vida são governados pela produção hormonal, ou seja, esse declínio além de prejudicar características físicas, também influencia no aceleramento do envelhecimento e prejuízos às relações.
Nesse sentido, mesmo que a testosterona e o estrogênio sejam hormônios produzidos pelos testículos, a queda progressiva e lenta em sua produção prejudica o funcionamento do organismo masculino em diversos âmbitos.
Além disso, a andropausa, diferentemente da menopausa, não possui um marco clínico, ou seja, as suas consequências geralmente são percebidas tarde demais.
Entre os sintomas mais experienciados pelo homem estão a diminuição da massa e da força muscular, o aumento da gordura corporal, densidade mineral óssea diminuída, osteoporose, redução da vitalidade, humor deprimido, fragilidade imunológica, ressecamento da pele, déficit de memória, aversão ao convívio social, queda de cabelos, alterações do sono e, em suma, comprometimento da qualidade de vida.
Um estudo norte-americano ressaltou a importância da testosterona no organismo masculino.
De acordo com as descobertas, níveis baixos do hormônio podem aumentar as chances de morte em homens acima de 50 anos.
Dos 800 homens analisados, entre 50 e 91 anos, os que sofrem com o Declínio Androgênico Masculino possui 33% mais chance de morrer em um período de 18 anos, quando comparados aos homens com níveis regulados de testosterona.
Nesse sentido, o olhar individualizado e presente para tais pacientes é indispensável para a garantia de qualidade de vida e longevidade saudável.
Para mais informações a respeito do assunto, leia o artigo Andropausa: Guia Completo.
Andropausa: qual o diagnóstico?
Como citado anteriormente, a andropausa é um fator agravante para inúmeras condições comumente relacionadas ao envelhecimento masculino.
Entre ela estão a diminuição da massa e força muscular, aumento de gordura corporal, prejuízos à densidade mineral óssea e osteoporose, vitalidade e humor comprometidos, fragilidade imunológica, ressecamento da pele e queda de cabelos, problemas cognitivos e de memória, alterações do sono e até mesmo aversão ao convívio social.
Além disso, fatores de risco podem acelerar o aparecimento do Declínio Androgênico Masculino.
São eles: doenças relacionadas ao sistema imunológico, obesidade, síndrome metabólica e hemocromatose, doenças crônicas, como diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, artrite inflamatória e doenças renais.
Mesmo assim, a partir dos 30 anos de idade, os homens geralmente começam a apresentar quedas e desequilíbrios hormonais.
Inclusive, a partir dos 40 anos, o declínio da testosterona pode ser de 1% ao ano.
Por não possuírem um marcador clínico, igual ao das mulheres para a chegada da menopausa, o diagnóstico somente é realizado através do acompanhamento médico com amplo conhecimento em hormonologia.
Nesse sentido, realizar acompanhamento médico e exames ao longo de toda a vida se torna essencial para um diagnóstico e tratamento apropriados.
A avaliação clínica completa do paciente possibilita que métodos preventivos e de reposição hormonal sejam analisados e levados em consideração para a saúde do indivíduo.
Existe tratamento para a “menopausa” masculina?
A população masculina possui menos tendência a procurar por auxílio médico.
Uma análise da literatura encontrou evidências de que homens possuem mais dificuldade para expressar emoções e preocupações sobre a saúde, sentem-se constrangidos, ansiosos e com medo do diagnóstico, além de relatarem comunicação deficiente com os profissionais de saúde que os atendem, quando necessário.
Como citamos acima, o tratamento deve acontecer ao longo de toda a vida do homem, através de um olhar individualizado para o paciente.
Através de um diagnóstico atento, é possível propor como tratamento a reposição hormonal com hormônios análogos humanos, objetivando o equilíbrio hormonal e, consequentemente, fisiológico do homem.
Uma resposta
Já apresento alguns sintomas a algum tempo principalmente com relação ao sono.