O sal é um condimento importante para o nosso corpo.
Ele contém sódio, que ajuda a distribuir os líquidos corporais e permite um bom funcionamento do organismo.
Contudo, você já deve ter ouvido falar que o sal faz mal.
Há anos, os órgãos da saúde vem nos alertando e limitando o consumo de sal.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, a quantidade máxima de sal que pode ser ingerida por dia é de 5g, equivalente a uma colher de chá.
No entanto, segundo pesquisa nacional de saúde realizada pelo IBGE, em 2013, o Brasileiro naquela época já consumia duas vezes o limite de sal recomendado.
Continue a leitura e entenda se o sal faz mal.
Afinal, sal faz mal?
Ingerir alimentos ricos em sódio, principal componente do sal de cozinha, pode desencadear sérios danos à saúde de uma pessoa.
Apesar de ser importante para o nosso organismo, o sódio está relacionado com problemas cardiovasculares e renais, principalmente, uma vez que afeta o nosso equilíbrio interno.
Segundo a literatura científica, o sódio é o responsável pelo controle do volume dos nossos líquidos corpóreos e pela regulação da pressão arterial, sendo, portanto, fundamental para o funcionamento do corpo.
O aumento da pressão ocorre porque, quando o sal chega à corrente sanguínea, uma grande alteração no equilíbrio dos líquidos internos acontece.
O excesso da substância leva à retenção de água e a uma sobrecarga no coração, ocasionando o aumento de pressão.
O aumento da pressão arterial pode desencadear danos graves à saúde, inclusive morte. A hipertensão pode, por exemplo, lesionar vasos, desencadear doença renal crônica e causar infartos e acidentes vasculares encefálicos, chamados popularmente de derrames.
Além de afetar o sistema cardiovascular, o excesso de sal no organismo pode ocasionar problemas nos rins, levando ao comprometimento do órgão.
A grande quantidade de sal, ou melhor, de sódio, pode provocar dificuldades de eliminação dessa substância e, consequentemente, o acúmulo no organismo, o que pode resultar em cálculos renais.
Uma pesquisa, publicada na revista científica Nature afirmou ainda que problemas relacionados ao cérebro, como doenças cerebrovasculares e comprometimento cognitivo, aparecem se há sódio em excesso no organismo.
No estudo, a equipe de cientistas alimentou animais com o equivalente a uma dieta humana rica em sal por 12 semanas. Depois de alguns dias, notaram alterações nos vasos e a diminuição de fluxo sanguíneo para o cérebro. Para completar, testes provaram que a capacidade de raciocínio e memorização dos animais ficou abalada.
Os cientistas estimularam as cobaias a voltarem a uma dieta normal e, nesse momento, perceberam que os danos (tanto nas veias e artérias quanto no funcionamento do cérebro) puderam ser revertidos. Ou seja, nunca é tarde para mudar os hábitos e colher benefícios.
Consumo de sal: encontre o equilíbrio
Não é preciso eliminar totalmente o sal da sua alimentação.
Afinal, em quantidades adequadas, o sal traz benefícios como:
- Contribuir para uma boa digestão;
- Auxiliar o funcionamento renal;
- Facilitar a produção de energia;
- Repor o sódio eliminado pelo suor, principalmente de quem pratica atividade física.
O sal é necessário para manter o equilíbrio de líquido dentro e fora das nossas células. Sem ele, nosso organismo não conseguiria reter líquidos e as células perderiam seu volume.
Porém, se o sal é essencial para o nosso organismo, ao mesmo tempo um agente causador de várias doenças, como consumir esse alimento sem prejuízo à saúde? Com equilíbrio e moderação.
A OMS recomenda que a ingestão de sal seja feita com cautela para que o organismo funcione de maneira adequada. Segundo a Organização, para que o organismo funcione bem, é necessário ingerir, no mínimo, um valor entre 0,1 e 0,5 gramas por dia.
O valor máximo recomendado é de cinco gramas.
Ingerir cinco gramas de sal é uma tarefa razoavelmente fácil, principalmente com o consumo de produtos industrializados, que acumulam uma grande quantidade dessa substância.
Estudos indicam que 77% do sal obtido pelo nosso corpo seja proveniente desse tipo de alimento, sendo assim, seu consumo excessivo pode ser prejudicial.
Os alimentos processados também costumam ser ricos em açúcares adicionados, cujo consumo pode estar mais forte e diretamente associado à hipertensão e ao risco cardiometabólico.
Evidências de estudos epidemiológicos e ensaios experimentais em animais e humanos sugerem que os açúcares adicionados, particularmente a frutose, podem aumentar a pressão arterial e a variabilidade da pressão arterial, aumentam a frequência cardíaca e a demanda de oxigênio do miocárdio e contribuem para a inflamação, resistência à insulina e disfunção metabólica mais ampla.
Prefira refeições equilibradas, diminua o consumo de itens industrializados e sempre pratique exercícios físicos, tais práticas devem ajudar a manter os níveis de sódio no seu organismo equilibrados, possibilitando, assim, uma vida com mais saúde e com mais qualidade de vida.
Também não se esqueça de consultar regularmente um médico especialista que monitore sua saúde, realizando exames preventivos e periódicos.
Uma resposta
muito bom me ajudou bastante 😃😃😃