A menopausa e a andropausa, termos popularmente utilizados para designar o Declínio Gonadal Feminino e o Declínio Androgênico Masculino, se referem a dois processos considerados “naturais” à fisiologia humana. No entanto, como veremos ao longo deste artigo, suas consequências jamais devem ser compreendidas como “normais”.
Ambos os quadros ocorrem a partir do declínio de hormônios importantes para o pleno funcionamento do organismo masculino e feminino, no entanto, repercutem de forma distinta em cada um dos gêneros citados.
Siga a leitura e saiba mais.
Como a menopausa e a andropausa atuam no organismo?
A queda na produção hormonal ocorre de maneira diferente entre homens e mulheres. No entanto, impera uma única certeza: em ambos os casos, tais declínios representam um enorme prejuízo à qualidade de vida.
Todos os padrões biológicos na vida são governados pelos hormônios. Imagine, então, os danos ao bem-estar de homens e mulheres que sofrem com os efeitos da menopausa e andropausa.
Quando falamos sobre a menopausa, cujo termo correto é Declínio Gonadal Feminino, devemos ter em mente de que a experiência de cada mulher é única. No entanto, diferente dos homens, todas as mulheres experienciarão tais efeitos.
Durante a transição da menopausa, a produção corporal de estrogênio e progesterona, dois hormônios produzidos pelos ovários, apresenta forte variação. Os ossos se tornam menos densos, as células de gordura sofrem alterações e as mulheres podem ganhar peso com mais facilidade.
Esses são apenas alguns dos efeitos produzidos pelo Declínio Gonadal Feminino e, como podemos ver, ocasionam diversos prejuízos à saúde da mulher.
Já a andropausa ou Declínio Androgênico Masculino consiste na queda da testosterona e estrogênio, ocasionado pelo aumento de uma enzima chamada Aromatase.
Diferente da Menopausa, a prevalência do Declínio Androgênico não é integral na população masculina. No entanto, a literatura mostra que, em média, o homem com 50 anos já tem cerca de 35% de declínio hormonal, o que significa que a balança Testosterona/Estrogênio pode estar em níveis absolutamente prejudiciais.
Quais os efeitos da menopausa e andropausa?
Os efeitos da menopausa e andropausa para os indivíduos são severos.
No caso do Declínio Gonadal Feminino, a queda do estrogênio e da progesterona traz grandes consequências para a vida da mulher.
Esses hormônios são responsáveis por mais de 400 funções regulatórias no organismo feminino, e sem eles, a saúde fica inevitavelmente debilitada.
Alguns dos sintomas da menopausa são as ondas de calor, secura vaginal, perda de apetite sexual, desaceleração do metabolismo com ganho de peso, enfraquecimento de cabelos e unhas, distúrbios do sono, ansiedade e estresse.
Estudos indicam que durante o período de transição da menopausa, a queda do estrogênio leva a mais reabsorção óssea do que à formação, resultando em osteoporose. A principal ameaça à saúde da osteoporose são as fraturas osteoporóticas.
Além disso, um estudo realizado em 2010 verificou que em mulheres na pós-menopausa, as mudanças no sistema imunológico têm sido atribuídas à privação de estrogênio.
Quando falamos sobre o Declínio Androgênico Masculino, devemos ter em mente que a testosterona é responsável por mais de 200 funções no organismo. Dessa forma, sua queda impacta significativamente a saúde e a vida do homem.
Diversas doenças estão relacionadas ao declínio hormonal masculino. Entre elas está o aumento nos riscos de infarto e de câncer de próstata, por exemplo.
Dentre os sintomas que se manifestam nesse período estão a irritabilidade, depressão, diminuição da libido, problemas de ereção, dificuldades de concentração, fadiga, alterações do sono, comportamento anti-social e diminuição da memória.
Nesse contexto, o tratamento da andropausa se faz muito necessário para a manutenção da qualidade de vida e longevidade, embora muitos homens sejam resistentes a isso.
E o tratamento para menopausa e andropausa, como ocorre?
Em primeiro lugar, uma das primeiras atitudes de quem deseja melhorar a qualidade de vida na menopausa e na andropausa deve ser a mudança de hábitos.
Ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios, gerenciar o estresse e melhorar a qualidade do sono são pontos fundamentais para que um indivíduo viva de forma longa e saudável. Sem fazer o básico, não há como obter resultados satisfatórios.
Tendo isso em vista, é importante entender que o tratamento difere para cada situação, mas normalmente requer terapia de reposição hormonal com hormônios homólogos humanos para a menopausa e andropausa.
Porém, para que isso ocorra, é necessário que haja uma avaliação criteriosa por parte de um médico com amplo conhecimento em hormonologia, para que ele possa oferecer um tratamento individualizado, além de acompanhar a manutenção dos benefícios e a melhora da qualidade de vida.
Essa reposição irá aprimorar os níveis hormonais do organismo, auxiliando para que se evite o decaimento das diversas funções físicas, cognitivas e comportamentais, tanto para mulheres, quanto para homens.
A melhor forma de prevenir os efeitos nocivos do Declínio Gonadal Feminino e do Declínio Androgênico Masculino é o acompanhamento profissional, buscando o equilíbrio fisiológico em diversas fases da vida.
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