A fisiologia do sono, ao contrário do que possa parecer, é um processo extremamente complexo que ultrapassa a simplicidade de fechar os olhos e contar carneirinhos até adormecer.
De acordo com a ciência, o sono é um estado ativo de inconsciência produzido pelo próprio corpo.
Estado este, onde o cérebro não está completamente repousado, principalmente por ser reativado por estímulos internos.
Por não possuir uma finalidade elucidada de maneira exata, o sono continua sendo objeto de diversas experiências e pesquisas, principalmente quando consideramos a sua essencialidade para o bem-estar e qualidade de vida do ser humano.
Continue a leitura e compreenda mais sobre a fisiologia do sono: como e por que dormimos.
Afinal, o que é a fisiologia do sono?
A fisiologia do sono se refere ao estudo de como e por que dormimos.
Em resumo, é possível considerar o sono como um estado em que há uma ausência de vigília, metabolicamente regulada e essencial para a vida humana, assim como é beber água e se alimentar.
São inúmeras as teorias sobre por que precisamos dormir, contudo, a mais aceita é a de que o sono permite que o corpo tenha um momento para se recuperar das atividades cotidianas.
Além disso, o sono também ajuda a consolidar nossas memórias, além de manter os sistemas corporais funcionando adequadamente.
Se você já ficou muito tempo sem dormir, com certeza sentiu fraqueza, incapacidade e até mesmo confusão no momento de desempenhar alguma tarefa.
Por isso, dormir com qualidade e quantidade é fundamental para a saúde do ser humano.
Outras teorias também buscaram compreender mais profundamente a fisiologia do sono: a teoria da inatividade, a teoria da conservação de energia, a teoria da restauração e a teoria da plasticidade cerebral.
Teoria da inatividade: baseia-se no conceito de que as criaturas inativas à noite eram menos propensas a sofrer lesões ou morrer devido à predadores ao longo da noite.
Teoria da conservação: fundamenta-se no conceito de que a principal função do sono é a redução da demanda energética de uma pessoa do dia para a noite, reduzindo a necessidade de manter-se em alerta e ativo enquanto está adormecido.
Teoria restaurativa: como diz o próprio nome, essa teoria afirma que o sono permite a reparação do corpo, complementando os componentes celulares necessários para que o indivíduo possa estar disposto no próximo dia.
Teoria da plasticidade cerebral: seu principal conceito está na necessidade do sono para a reorganização neural e o crescimento da estrutura e função do cérebro.
Conheça os quatro estágios do sono
Ao longo deste artigo, você descobriu um pouco mais sobre a fisiologia do sono e para o que ela serve.
Agora, vamos falar sobre os estágios do sono ideal, que considera suas etapas distintas e com aspectos particulares.
Além disso, os estágios do sono ocorrem múltiplas vezes na seguinte sequência: três estágios de sono não-REM, seguido por um estágio de sono REM.
Compreenda um pouco sobre cada um deles:
- Estágio 1 (Sono Leve): o primeiro estágio do sono é composto pela desaceleração do cérebro e redução das atividades relacionadas às ondas cerebrais. Nesse estágio, seu corpo tem um pouco de tônus muscular e a respiração se mantém regular.
- Estágio 2 (Sono Leve): neste momento a frequência cardíaca e temperatura corporal diminuem e o sono começa a transição para o sono profundo.
- Estágio 3 (Sono Profundo): nesta fase do sono as ondas cerebrais estão no modo mais lento da noite. Ou seja, acordá-lo é uma tarefa mais difícil e deve ser evitada. É no sono profundo que o corpo se repara fisicamente, realizando a manutenção do sistema imunológico e restauro dos ossos, músculos e tecidos.
- Estágio 4 (sono REM): nesta fase, como citado anteriormente, as atividades se assemelham a quando estamos despertos, porém, com uma diferença, nossos olhos estão fechados e estamos dormindo.
Nesse sentido, para que a fisiologia do sono aconteça de maneira ideal, é essencial que cada fase do sono seja concluída.
Para que isso aconteça, é importante que o indivíduo adote a higiene do sono, a fim de adormecer em um ambiente onde ele poderá ter um sono de qualidade e quantidade, sem ser interrompido ou apresentar dificuldades.
Confira mais sobre como melhorar a qualidade do sono aqui.
Por que dormir bem afeta a nossa qualidade de vida?
Como foi possível compreender, a fisiologia do sono ainda é um estudo em processo.
Contudo, seus benefícios são muitos, afinal, o nosso corpo precisa dele não somente para descansar, mas para funcionar plenamente ao longo do dia.
Você sabia que a grande maioria dos adultos precisa de sete a nove horas de sono por dia para que desempenhe suas tarefas com segurança, atenção e agilidade, ou seja, dormir menos de seis ou sete horas, por apenas uma noite, pode já afetá-lo no dia seguinte.
Além disso, não dormir bem pode deixar o seu corpo frágil e desprotegido, fazendo com que o sistema imunológico não trabalhe da maneira correta para impedir ataques.
Por isso, dormir bem ou não, afeta diretamente a qualidade de vida de um indivíduo.
Confira os benefícios do sono para o seu corpo e a sua saúde aqui.