Os distúrbios hormonais são extremamente comuns, porém, isso não significa que devemos tratá-los como normais.
Tais transtornos têm grandes consequências na qualidade de vida da população geral e precisam ser tratados com a importância que exigem.
Embora alguns níveis hormonais sofram distúrbios devido a fatores endógenos como o inevitável envelhecimento, outras mudanças podem ocorrer devido à falta de nutrientes e outras substâncias essenciais para o equilíbrio hormonal.
Continue a leitura e compreenda quais são as consequências de distúrbios hormonais para o cotidiano.
Afinal, quais as consequências do distúrbio hormonal?
Hormônios são mensageiros químicos que governam todo processo de comunicação intracelular, sinalizando o momento exato em que a célula precisa executar determinada tarefa, em quanto tempo isso precisa ocorrer e de que maneira isso é realizado de maneira eficaz.
O grande problema é que, todo ser humano, a partir de seus 25-30 anos, começa a experimentar um declínio gradual da sua capacidade de produção hormonal.
Nesse sentido, o hormônio, uma molécula reguladora do metabolismo, sofre a partir desse momento distúrbios em relação à sua quantidade, acarretando problemas para suas funções e os sistemas que delas dependem.
Os sinais mais comuns de distúrbio hormonal podem ser notados através de acontecimentos simples e cotidianos, como:
- Dificuldade de iniciar o sono;
- Facilidade para acordar no meio da noite;
- Dificuldade para acordar pela manhã de maneira espontânea;
- Mudanças visíveis na composição corporal, como a redução da massa magra e aumento de gordura;
- Aumento de peso;
- Fadiga e falta de energia ao longo do dia;
- Redução de colágeno aparente através de rugas e sinais na pele;
São inúmeros os sinais que podem representar o início de um distúrbio hormonal, salientando a importância para a conscientização a respeito de que não é normal estar sempre cansado ou possuir facilidade para ganhar peso ou até mesmo notar mudanças extremamente radicais com o próprio corpo.
Ao perceber que as mudanças internas e externas de seu corpo estão mudando para pior, é sinal de que seu corpo está sofrendo as primeiras consequências de um distúrbio hormonal, alertando ainda mais para a importância de lidar com a situação de maneira adequada.
Como o desequilíbrio hormonal afeta a vida do homem?
De acordo com a National Library of Medicine, o envelhecimento do homem é acompanhado por um declínio progressivo, mas individualmente variável, da produção de testosterona sérica.
A ciência aponta, inclusive, que a partir dos 40 anos, o declínio da testosterona no organismo do homem gira em torno de 1% ao ano.
Além disso, cerca de 20% dos homens, com mais de 60 anos, apresentam níveis séricos abaixo do ideal.
A queda da testosterona, por si só, já traz prejuízos significativos à saúde, visto que os hormônios precisam estar em equilíbrio para que a nossa saúde funcione plenamente.
No entanto, quando o paciente é acometido pela andropausa, os níveis hormonais tornam-se tão baixos que ocasionam consequências extremamente graves para a qualidade de vida.
Alguns dos sintomas comuns de andropausa em homens incluem:
- Mudanças de humor;
- Depressão;
- Irritabilidade;
- Perda de memória;
- Perda muscular;
- Ganho de peso;
- Ginecomastia;
- Insônia;
- Sudorese noturna;
- Fadiga;
- Redução da libido;
- Disfunção erétil;
- Baixo desempenho sexual;
- Falta de concentração;
- Perda de densidade óssea.
Dessa maneira, ao longo de seu envelhecimento, os sintomas da andropausa se agravam e se tornam mais visíveis para o homem.
Contudo, se os perigos de tal sintomatologia se tornarem relevantes apenas quando o homem está envelhecendo, é possível que inúmeras consequências já cerquem a sua saúde.
Além das conhecidas consequências relacionadas à perda de libido e desejo sexual, o homem também percebe outras mudanças físicas e psicológicas devido ao declínio hormonal da testosterona, considerado um dos principais hormônios masculinos.
Como o desequilíbrio hormonal afeta a vida da mulher?
O Declínio Gonadal Feminino, conhecido popularmente como menopausa, se caracteriza por uma série de declínios hormonais, ocasionando diversos sintomas que podem prejudicar o bem-estar e a qualidade de vida do público feminino.
Um dos principais indícios da menopausa é a interrupção do ciclo menstruação por período superior a seis meses, em mulheres com mais de 35 anos.
Se você sentir algum sintoma relacionado, procure imediatamente o seu médico de confiança. Confira os principais sintomas da menopausa:
- Alterações menstruais;
- Calor (fogacho);
- Coceira, secura vaginal, redução da libido;
- Diminuição do tamanho dos seios;
- Sudorese noturna;
- Insônia;
- Alterações de humor, ansiedade, irritabilidade e depressão;
- Diminuição da autoestima;
- Ganho de peso;
- Desaceleração do metabolismo;
- Pele seca e cabelos mais finos, surgimento de espinhas;
- Diminuição da elasticidade da pele;
- Dores de cabeça;
- Aumento da porosidade dos ossos;
- Calafrios;
- Diminuição da memória.
- Fadiga;
- Incontinência urinária.
Em geral, a menopausa e o climatério estão fortemente associados aos fogachos, ou seja, sensação de calor repentina, que se mostra mais intensa no rosto, pescoço e peito, bem como a sudorese.
No entanto, não podemos reduzir todas as quedas hormonais ocasionadas no período aos sintomas listados.
Um dos principais prejuízos da menopausa e do climatério estão vinculados à saúde emocional da mulher.
De acordo com a Universidade de Harvard, a incidência de depressão dobra durante esse período. Além disso, mulheres que lutaram no passado contra a depressão ou ansiedade também podem presenciar um ressurgimento dos sintomas.
Além disso, um estudo conduzido por Hadine Joffe e publicado em 2019 no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism relacionou um aumento nos sintomas de depressão na perimenopausa com flutuações de dois hormônios, progesterona e estradiol.
Equilíbrio hormonal e longevidade saudável: qual a sua importância?
Como foi possível compreender, o equilíbrio hormonal pode afetar seriamente a nossa longevidade.
Diversas evidências sugerem que as consequências dos distúrbios hormonais podem prejudicar todos os aspectos da sua vida.
De acordo com evidências de um estudo recente, realizado no Reino Unido, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode reduzir o risco de morte prematura das mulheres.
Os pesquisadores acompanharam 105.199 mulheres saudáveis, com idades entre 46 e 65 anos, com prescrição de TRH, durante cerca de 13 anos. Os resultados foram comparados com outras 224.643 mulheres sem o uso de TRH.
As descobertas demonstraram que houve uma redução média de 9% para o risco geral de morte por todas as causas em mulheres saudáveis, em terapia de reposição hormonal.
Dessa maneira, é de suma importância entender e priorizar a saúde hormonal para que possamos alcançar o bem-estar e longevidade saudável.