Como diminuir o cortisol?

O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins, mas será que é possível diminuir ele?

A função do cortisol é ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial.

Contudo, apesar de sua importância, quando em excesso, esse hormônio pode acarretar diversos malefícios, incluindo patologias graves. 

Diante dessa perspectiva, torna-se necessário aprender a diminuir os níveis de cortisol liberados no organismo para poder alcançar o bem-estar. 

Continue a leitura e confira como diminuir o cortisol. 

Afinal, como diminuir o cortisol e por que isso é importante?

O cortisol é conhecido como o “hormônio do estresse”, no entanto, isso não significa necessariamente que o seu papel é nocivo à saúde. 

Para uma vida equilibrada, precisamos ter níveis adequados de cortisol em nosso organismo. 

Porém, o grande problema é que, níveis desequilibrados de cortisol podem acarretar em questões nocivas à saúde, desenvolvendo até mesmo patologias crônicas.

Segundo um estudo, níveis elevados de cortisol acarretam dor e inflamação generalizada ao indivíduo que sofre com o estresse crônico.

Outras consequências relacionadas a altos níveis do hormônio do estresse são:

• Ganho de peso: níveis altos de cortisol podem aumentar o apetite e transmitir sinais para que o corpo armazene gordura, diz estudo.
• Falta de energia e dificuldade para dormir: de acordo com um estudo, a privação de sono pode estar relacionada à elevação do cortisol, comprometendo a regulação da glândula pituitária.
• Dificuldade de concentração: estudos comprovam que o acúmulo de níveis altos de cortisol ao longo da vida podem acarretar problemas cognitivos e de memória.
• Enfraquecimento do sistema imunológico: mesmo sendo um anti-inflamatório que contém resposta imunológica, a elevação crônica de sua produção ocasiona a resistência do sistema imunológico, acumulando cortisol no organismo e aumentando a produção de citocinas inflamatórias, de acordo com estudo.

Na maior parte das vezes, os gatilhos para o aumento dos níveis de cortisol na corrente sanguínea a longo prazo, tem origem emocional, ou seja, situações de estresse contínuo podem desencadear problemas para a saúde mental e, consequentemente, para a saúde física.

Dessa maneira, aprender a gerenciar o estresse mudando pequenos hábitos do seu dia a dia, pode promover a redução do cortisol e proporcionar bem-estar. 

Um exemplo disso é um estudo que, encontrou no fortalecimento de vínculos de amizade, uma ferramenta para o gerenciamento de estresse. 

Para os pesquisadores, manter os amigos por perto auxilia no amortecimento de eventos estressantes e tensos.

Outro estudo encontrou na manutenção da rotina do sono, a ferramenta para o controle dos níveis de cortisol no organismo.

Segundo os pesquisadores, manter uma boa higiene do sono, através de sono em horários consistentes, evitar o celular antes de dormir e também a  ingestão de cafeína próximo ao horário do sono, ajuda a manter o cortisol em níveis equilibrados.

Cortisol e a saúde do ser humano: compreenda a relação

O cortisol é vital para a sobrevivência da espécie humana e, ainda hoje, tem um papel imprescindível em nossas vidas. 

Afinal, é ele que gerencia a nossa resposta a uma situação de risco.

À medida que o corpo percebe o estresse, ou passa por momentos que ocasionam tal sensação, as glândulas suprarrenais ou adrenais produzem o hormônio, liberando-o na corrente sanguínea.

Esse processo ocorre de forma natural, sendo uma resposta do organismo a situações estressantes, tensas ou até mesmo de perigo.

Em outras palavras, o cortisol é o hormônio responsável por nos auxiliar a encontrar soluções imediatas para a resolução daquele problema ou situação, como por exemplo dirigir na chuva, fugir ou evitar algum barulho, vencer o medo, entre outras situações que são gatilhos para o estresse.

No entanto, como já indicado anteriormente, quando em excesso, o cortisol pode prejudicar a saúde. 

Um estudo feito nos Estados Unidos, encontrou uma possível relação entre o estresse crônico, a inflamação e a incidência de doenças cardiovasculares, fatores que nos levam a refletir sobre como diminuir o cortisol em nosso organismo.

Por que o gerenciamento de estresse é importante para a qualidade de vida?

O estresse rouba a qualidade de vida. 

Conforme os níveis de estresse aumentam, proporcionalmente, a qualidade de vida diminui. 

De acordo com estudo feito em 2017 pela Isma/BR (Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse Brasil), o Brasil está entre os países com maior índice de estresse do mundo: 70% da população ativa já apresentou ou possui sintomas de estresse.

Com um número exorbitante, não é surpresa a urgência com que é tratado o assunto do gerenciamento do estresse na vida da população. 

No entanto, segundo dados coletados com 28.000 pessoas, por pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, descobriu-se que ter muito estresse em sua vida não estava associado à morte prematura. 

Contudo, vivenciar altos níveis de estresse e acreditar que isso pode afetar a sua saúde, aumentou o risco de morte prematura em 43%.

Em outras palavras, a forma como se percebe o estresse afeta mais a saúde, seja física ou mental, do que o próprio estresse em si. 

Visto isso, mudar hábitos para controlar a resposta psicológica e emocional ao estresse, torna-se um método efetivo para o tratamento de tal problema. 

Portanto, precisamos buscar reflexões sobre como diminuir o cortisol, com o intuito de conquistar maior qualidade de vida, bem-estar e saúde.