Colágeno tipo 1 e tipo 2: qual a diferença?

Certamente você já deve ter ouvido falar sobre o colágeno e seus benefícios.

Contudo, ainda fala-se pouco dos diferentes tipos de colágeno. Você conhece a diferença entre o colágeno tipo 1 e tipo 2?

As articulações são partes do sistema ósseo que fazem a ligação entre dois ossos, permitindo que o corpo faça os mais diversos movimentos como caminhar, agachar e subir escadas sem dor. 

Para que isso aconteça, o organismo precisa de boas quantidades de colágeno, uma proteína presente na composição das articulações e dividida em vários tipos, como o tipo I e o tipo II. 

Continue a leitura e entenda qual a diferença entre o colágeno tipo 1 e o tipo 2. 

Afinal, qual a diferença entre o colágeno tipo 1 e o tipo 2?

O colágeno é uma proteína que pode ser encontrada na pele, tecidos e ossos e é responsável por dar estrutura, firmeza e elasticidade à pele. 

Essa proteína, na realidade, é um conjunto de vários tipos de proteínas do corpo que, quando juntas, formam o colágeno específico para uma certa área e função no corpo.

Segundo a literatura científica, ao todo são aproximadamente 27 tipos de colágeno, que podem variar de estrutura a depender de sua formação química e função. Alguns tipos de colágeno, caso por exemplo dos I, II, III, V e XI, são formadores fibrila de colágeno, por isso suas características principais são a formação de fibras para sustentação dos ossos.

Apesar dessa grande variedade, o corpo humano armazena em maior quantidade o tipo I, conhecido como colágeno nativo. Sozinho, ele é responsável por quase 90% da produção da massa óssea e é o tipo encontrado em tendões, pele, ligamentos, córnea e outros tecidos conjuntivos, segundo estudos. 

É o mais comum de ser encontrado, principalmente em locais que recebe grandes tensões e precisam de mais resistências, como na cartilagem fibrosa, no tecido conjuntivo frouxo e denso. Ele sempre forma feixes e fibras de colágeno espessas, organizadas paralelamente.

Ele é melhor absorvido no intestino, sendo usado para:

• Melhorar a firmeza da pele;
• Fortalecer as articulações;
• Fortalecer as unhas e o cabelo;
• Ajudar no tratamento da osteoartrite;
• Ajudar no processo de cicatrização.

Estruturalmente não é possível diferenciar o colágeno II do tipo I: ele também pode ser encontrado em regiões que resistem a maiores pressões, como na cartilagem hialina e elástica, nos olhos e nos discos intervertebrais.

O colágeno tipo II, por sua vez, é originado a partir de outro processo. Também chamado de colágeno não desnaturado, suas moléculas não são quebradas, diferentemente do colágeno tipo I. Sua formação se dá em temperaturas mais baixas, o que faz com que a molécula não se rompa.

Sua síntese ocorre no condrócitos — ou seja, nas células presentes no tecido cartilaginoso — e não produz feixes. 

Este tipo de colágeno é indicado quando em doenças como:

• Doenças articulares auto imunes, como Osteoartrite autoimune;
• Inflamação de articulações;
• Lesão em cartilagens;
• Artrite reumatoide.

Nestas doenças, o próprio organismo reconhece o colágeno que está nas articulações como uma proteína estranha e produz enzimas que destroem a cartilagem, e como consequência, surgem os sintomas destas doenças. 

Quais são os benefícios do colágeno?

Não é por acaso que essa substância se tornou tão popular. Além dos benefícios que o colágeno oferece para tendões, ligamentos e todo o sistema articular, ele também é ideal para as pessoas que têm problemas como artrite, artrose e osteoporose.

O colágeno hidrolisado reduz a perda da proteína e, assim, a patologia não avança rapidamente, reduzindo a dor e aumentando a mobilidade. Além disso, os diferentes tipos de colágeno proporcionam outros benefícios, tais como:

• fortalece as unhas e os cabelos;
• melhora o aspecto da pele, dando firmeza e hidratação;
• ajuda no tratamento contra flacidez;
• previne o envelhecimento precoce da pele;
• evita e protege os desgastes das articulações;
• auxilia no tratamento da osteoporose.

O colágeno é essencial para o bom funcionamento do organismo humano, sendo natural dele e podendo ser suplementado em caso de desequilíbrio. 

Assim, recomenda-se buscar sempre o equilíbrio dessa proteína para poder alcançar a qualidade de vida e a longevidade saudável.