Popularmente conhecido como andropausa, o Declínio Androgênico Masculino é um declínio hormonal cujos sintomas podem expressar efeitos nocivos à saúde do indivíduo.
Os sintomas da andropausa estão, principalmente, relacionados ao déficit gradativo da testosterona, o principal hormônio andrógeno masculino.
De acordo com a National Library of Medicine o envelhecimento do homem é acompanhado por um declínio progressivo e individualmente variável da produção de testosterona sérica.
Por volta de seus 40 anos, o declínio da testosterona pode alcançar níveis de declínio de 1% ao ano, em homens saudáveis, além de apresentar-se em níveis séricos abaixo do ideal em cerca de 20% dos homens com mais de 60 anos.
Ou seja, assim como a mulher, o homem também sofre ao longo de sua vida com mudanças hormonais que afetam sua vitalidade, saúde e bem-estar.
A partir dessas mudanças, os sintomas revelam-se além dos relacionados ao sistema reprodutor e sexual masculino, representando consequências nocivas para a saúde, física e também psicológica do indivíduo.
Continue a leitura para saber mais sobre os sintomas da andropausa.
Afinal, quais são os sintomas da andropausa?
Como você pode compreender, as consequências relacionadas à andropausa são capazes de produzir efeitos drásticos na saúde e vitalidade do homem, causando danos físicos, sexuais e psicológicos variados.
Além dos que o conhecimento popular define sobre o Declínio Androgênico Masculino, os sintomas dessa mudança hormonal vão muito além da redução da libido e da disfunção sexual.
A Testosterona, por exemplo, é o principal hormônio andrógeno masculino, possuindo um declínio progressivo e lento, que prejudica o funcionamento do organismo em diversas esferas.
Conforme as Diretrizes da Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia (SOBRAF), os principais sintomas da andropausa são:
- Cansaço, redução da libido e do desempenho sexual, perda da qualidade erétil;
- Redução da força muscular;
- Adinamia;
- Fragilidade imunológica;
- Ginecomastia;
- Redução da capacidade física;
- Ressecamento da pele;
- Déficit de memória;
- Aversão ao convívio social;
- Aumento da circunferência abdominal;
- Queda de cabelos;
- Aumento do percentual de gordura corporal;
- Alterações do sono;
- Alterações do humor;
- Perda de massa óssea;
- Comprometimento da qualidade de vida.
Além disso, um estudo demonstrou que baixos níveis de testosterona podem aumentar as chances de morte entre homens acima de 50 anos.
Por conta disso, tratar tais sintomas a fim de prevenir suas consequências vastas e nocivas é essencial para que se recupere a qualidade de vida e promova-se uma longevidade mais saudável.
Andropausa e idade: existe uma relação?
Com o envelhecimento, os sintomas da andropausa se agravam e se tornam mais visíveis para o homem.
Isso porque, além das conhecidas consequências relacionadas à perda de libido e desejo sexual, o homem também percebe outras mudanças físicas e psicológicas devido ao declínio hormonal da testosterona e demais hormônios essenciais para o seu bem-estar e saúde.
De acordo com o artigo Andropausa: Guia Completo, a testosterona é o principal hormônio andrógeno masculino, cujo declínio prejudica o funcionamento do organismo em diversas esferas.
O seu declínio hormonal pode ser um fator agravante para a diminuição da massa e da força muscular, aumento da gordura corporal, densidade mineral óssea diminuída, osteoporose, vitalidade diminuída, humor deprimido, fragilidade imunológica, ressecamento da pele, déficit de memória, aversão ao convívio social, queda de cabelos, alterações do sono e, consequentemente, do comprometimento da qualidade de vida.
Nesse sentido, evidencia-se a importância de analisar a trajetória da produção de hormônios no corpo masculino, considerando a puberdade como um ponto importante para marcar o início do aumento dos níveis de testosterona.
É nessa etapa da vida, por exemplo, que o homem vivencia o aumento da massa muscular, crescimento de pelos, mudanças nas funções sexuais e alterações na voz.
Entretanto, já a partir dos 30 anos de idade, é possível que o homem já comece a apresentar os primeiros sintomas de quedas hormonais.
Além disso, como esclarecido na introdução deste artigo, por volta dos 40 anos, o declínio da testosterona no organismo masculino pode girar em torno de 1% ao ano, considerando fatores endógenos e relacionados ao estilo de vida de cada indivíduo.
Em geral, os sintomas da andropausa começam a aparecer em homens com idade entre 40 e 50 anos e, mesmo sem o diagnóstico de andropausa, o indivíduo irá, inevitavelmente, sofrer com as quedas hormonais relacionadas ao envelhecimento.
Considerando esse cenário, trabalhos relacionados à prevenção, diagnóstico e tratamento da condição são de extrema importância para a promoção de qualidade de vida à população masculina.
Nesse sentido, é necessário que o diagnóstico da andropausa seja realizado por um médico com amplo conhecimento em hormonologia, que irá acompanhar o caso e oferecer o tratamento mais adequado para resolução das causas que interferem na qualidade de vida do paciente.
A importância do tratamento da andropausa para a qualidade de vida
Até aqui foi possível compreender a extensa sintomatologia nociva causada pela andropausa.
Além disso, possibilitou-se a compreensão da importância de prevenir e também tratar as consequências ocasionadas pelo Declínio Androgênico Masculino.
Podem ser requeridos exames laboratoriais para tal finalidade, entretanto, mais importante do que isso, o médico deverá realizar uma avaliação clínica completa, a fim de compreender as principais queixas do indivíduo através de um olhar individualizado para cada paciente.
Com o objetivo de manter equilíbrio hormonal e fisiológico, a terapia de reposição hormonal é considerada uma opção viável e eficaz, que proporciona a melhora da qualidade da saúde física e mental.
Segundo um estudo, publicado na revista científica New England Journal of Medicine, divulgado também na Revista Longevidade Saudável, edição 9, em 2015, a reposição de testosterona pode estimular o organismo para a produção de telomerase, um componente capaz de prolongar a capacidade de divisão celular – processo que repara os telômeros, que são importantes ferramentas para a promoção de longevidade. Leia mais aqui.
A partir dessa descoberta, foi realizada a reposição de testosterona em indivíduos com encurtamento elevado dos telômeros, cujo resultado revelou que 45% dos participantes apresentaram alongamento de tais componentes.
De acordo com os pesquisadores, a pesquisa abre caminhos para novos estudos focados no tratamento de doenças crônicas através da reposição hormonal, que trabalha positivamente para recuperar a saúde e qualidade de vida dos envolvidos.
Para esclarecer mais dúvidas a respeito do assunto, deixe o seu comentário e busque um médico de sua confiança.