A tireoide é uma glândula essencial para o bom funcionamento do organismo, porém qual o papel da tireoide na gravidez?
Durante a gravidez ocorrem mudanças importantes no organismo da mulher e, especialmente, no funcionamento da tireoide.
É normal, neste período, que a gestante apresente níveis de hormônios diferentes de mulheres não grávidas.
Os hormônios da tireóide desempenham um papel importante durante a gravidez, fazendo com que seja essencial ter a saúde dessa glândula durante esse momento.
Continue a leitura e entenda o papel da tireoide na gravidez.
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Afinal, qual o papel da tireoide na gravidez?
Segundo a SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia -, os hormônios T3 e T4 são fundamentais tanto para a gestante quanto para o bebê.
É preciso que os níveis desses hormônios estejam equilibrados para que o desenvolvimento neurológico da criança ocorra plenamente.
No início da gravidez, ele depende totalmente do hormônio materno, afinal, a tireoide do feto só começa a se formar a partir da 8ª semana de gestação.
No entanto, é comum durante a gestação as mulheres desenvolverem hipotireoidismo ou hipertireoidismo nesse período e, até mesmo, o aparecimento de nódulos tireoidianos, podendo vir a prejudicar a gravidez.
Se o hipotireoidismo ou hipertireoidismo não forem diagnosticados e tratados corretamente podem trazer consequências tanto para a saúde da mãe quanto para o bebê.
Na mulher, pode aumentar os sangramentos, a pressão arterial e levar a abortos prematuros. Já no bebê, pode resultar em problemas mentais e déficit cognitivo.
Contudo, não é recomendado realizar ultrassonografia de rotina em gestantes.
Em muitos casos, os nódulos não trazem riscos a essas mulheres, sendo necessário apenas o acompanhamento. Caso necessite de cirurgia, a mesma deve ser realizada após a gestação.
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Como avaliar a tireoide na gravidez?
A avaliação da tireoide durante a gravidez é um debate presente na comunidade médica.
Para alguns médicos, deve-se apenas acompanhar o caso das gestantes que se enquadrem nos seguintes pontos:
- Histórico de algum problema na tireoide ou ter anticorpos antitireoidianos no exame de sangue;
- Sinais ou sintomas que sugerem problemas na tireoide: cansaço, rouquidão, pele seca, alterações no funcionamento do intestino, maior intolerância para o frio ou para o calor que o habitual.
- Aumento da tireoide visível ou palpável;
- Mais de 30 anos de idade;
- Ter feito radiação ou cirurgia no pescoço previamente;
- Diagnóstico de diabetes tipo 1 ou outra doença autoimune, como vitiligo, artrite reumatoide, lúpus;
- Histórico de perda fetal, parto prematuro ou infertilidade.
- Histórico familiar de doença tireoidiana ou doenças autoimunes;
- Obesidade;
- Morar numa região onde sabidamente há carência de iodo.
Quando há suspeita de distúrbios da tireoide, o TSH é o primeiro exame que deve ser realizado. Ele vai indicar qual o risco que a gestante tem de evoluir para uma disfunção da tireoide ou se já há um problema na glândula.
É normal que a gestante apresente um TSH um pouco mais baixo. Por isso, é recomendado em disfunções mais discretas que ele seja repetido.
É imperativo que a mulher que pretende engravidar e que já tenha diagnóstico de disfunção na tireoide informe ao médico previamente, dessa maneira podem ser tomadas ações prévias para prevenir complicações e manter uma gestação tranquila e sadia.
A mulher deverá ser avaliada e repetir os exames no segundo mês após o parto.
O fato da mãe ter alguma disfunção na tireoide não necessariamente implicará em problemas na tireoide do bebê. Por isso, o acompanhamento e a realização do Teste do Pezinho, nos primeiros dias de vida, são fundamentais.
A tireoide, apesar de ser de suma importância para o funcionamento do corpo humano, também é uma glândula muito delicada e pode ser afetada muito facilmente.
Diante disso, é essencial reforçar a importância de cuidar deste órgão, garantindo o nosso bem-estar e a qualidade de vida.