Probióticos, imunidade e doença celíaca são três elementos interligados que desempenham um papel fundamental na saúde digestiva e imunológica. A doença celíaca é uma condição autoimune desencadeada pela ingestão de glúten, uma proteína encontrada no trigo, cevada e centeio.
Para aqueles que sofrem dessa condição, a ingestão de glúten pode causar uma série de sintomas debilitantes e danos ao intestino delgado. Ela afeta aproximadamente 1% da população mundial, mas muitos casos ainda não são diagnosticados.
A condição pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais frequentemente diagnosticada na infância. Os sintomas variam amplamente e podem incluir dor abdominal, diarreia crônica, fadiga, perda de peso, anemia e até problemas neurológicos. Compreender os mecanismos subjacentes à doença celíaca e as possíveis intervenções pode ajudar a melhorar a qualidade de vida dos afetados.
Neste artigo que preparamos, vamos detalhar como a doença celíaca se desenvolve, os efeitos fisiológicos que causa no corpo e como os probióticos podem influenciar a imunidade e auxiliar no manejo da condição.
O que é a doença celíaca?
A doença celíaca é uma condição autoimune em que a ingestão de glúten provoca uma resposta imunológica anormal. Quando pessoas com doença celíaca consomem glúten, seu sistema imunológico reage atacando as vilosidades do intestino delgado. Essas vilosidades são responsáveis pela absorção de nutrientes, e seu dano leva à má absorção, resultando em várias deficiências nutricionais.
O processo de desenvolvimento da doença celíaca envolve fatores genéticos e ambientais. Indivíduos geneticamente predispostos têm maior risco de desenvolver a condição. Os genes mais associados à doença celíaca são os HLA-DQ2 e HLA-DQ8. No entanto, a presença desses genes não garante que a pessoa desenvolverá a doença, indicando que outros fatores, como infecções e o próprio consumo de glúten, também desempenham um papel.
Quando o glúten é consumido, a gliadina (uma das proteínas do glúten) atravessa a barreira intestinal e entra em contato com o sistema imunológico. Em pessoas com doença celíaca, isso provoca uma resposta inflamatória exagerada, levando ao dano das vilosidades intestinais. Esse processo inflamatório pode causar uma série de sintomas gastrointestinais e sistêmicos, afetando a qualidade de vida dos indivíduos.
Impactos fisiológicos da doença celíaca
Os impactos fisiológicos da doença celíaca são vastos e podem afetar vários sistemas do corpo. A destruição das vilosidades intestinais resulta na má absorção de nutrientes essenciais como ferro, cálcio, folato e vitaminas do complexo B. Isso pode levar a condições como anemia, osteoporose, infertilidade e outras complicações a longo prazo.
Além dos problemas de absorção, a inflamação crônica no intestino pode afetar outros órgãos e sistemas. Pacientes com doença celíaca têm maior risco de desenvolver outras doenças autoimunes, como diabetes tipo 1, doenças da tireoide e doenças hepáticas autoimunes. A inflamação sistêmica também pode contribuir para sintomas neurológicos, como neuropatia periférica e ataxia.
Um estudo publicado no Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition revelou que crianças com doença celíaca não tratada apresentam atrasos no crescimento e desenvolvimento devido à má absorção de nutrientes. Além disso, a inflamação crônica pode afetar o humor e a função cognitiva, resultando em depressão e ansiedade.
Probióticos, imunidade e doença celíaca
Probióticos, imunidade e doença celíaca estão interligados de maneiras importantes. Probióticos são microrganismos vivos que, quando consumidos em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. Eles desempenham um papel crucial na manutenção da saúde intestinal e na modulação do sistema imunológico.
Estudos indicam que probióticos podem ajudar a melhorar a barreira intestinal e reduzir a inflamação em pessoas com doença celíaca. Um estudo publicado na Journal of Clinical Gastroenterology mostrou que a suplementação com probióticos pode reduzir os sintomas gastrointestinais e melhorar a qualidade de vida em pacientes celíacos.
Os probióticos ajudam a equilibrar a microbiota intestinal, promovendo um ambiente intestinal saudável que pode reduzir a permeabilidade intestinal e a inflamação.
Além disso, probióticos podem influenciar a resposta imunológica. Eles modulam a atividade das células imunológicas, promovendo um equilíbrio entre respostas inflamatórias e anti-inflamatórias. Isso pode ser particularmente benéfico para pessoas com doença celíaca, cujo sistema imunológico reage de forma exagerada ao glúten.
Benefícios e desafios do uso de probióticos
Entre os benefícios e desafios em relação ao uso de probióticos por pessoas com doença celíaca, estão:
Melhora da saúde intestinal
Probióticos podem ajudar a restaurar a função da barreira intestinal, reduzindo a permeabilidade e a inflamação. Isso é especialmente importante para pessoas com doença celíaca, que frequentemente sofrem de permeabilidade intestinal aumentada.
Modulação da imunidade
Probióticos podem ajudar a equilibrar o sistema imunológico, reduzindo a resposta inflamatória ao glúten. Isso pode levar a uma redução dos sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Redução dos sintomas gastrointestinais
Estudos mostram que probióticos podem aliviar sintomas como inchaço, dor abdominal e diarreia, que são comuns em pacientes com doença celíaca.
Leia também::: O jejum possui benefícios concretos?
Tenha os probióticos como aliados da saúde
Probióticos, imunidade e doença celíaca são temas interligados que oferecem um caminho promissor para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Entender como a doença celíaca afeta o corpo e como os probióticos podem ajudar a modular a resposta imunológica e melhorar a saúde intestinal é essencial para o manejo eficaz da condição.
Para mais informações sobre como os probióticos podem beneficiar sua saúde e dicas para manejar a doença celíaca, siga a Longevidade Saudável no Instagram.
